quarta-feira, setembro 05, 2012

Julga-me



Julga sem me conhecer
Conhece-me e julga
Julga pelo o que vê como se interpretasse um texto lendo um parágrafo a esmo
Julga pelo o silêncio que pensa compreender
E não compreende o que realmente é dito
Julga porque quer julgar, sem mais lá ou cá
Julga sem saber que a cadeira do indiciado é ciranda e movimenta sem cessar.
Hoje me olha como réu e esquece que o amanhã é porvir.
Então, o réu poderá ser você e, neste dia, deixarei vazia a cadeira de juiz.
Se minha ausência será juízo ou prejuízo não sei
Do que estou certa é que com ou sem o seu julgamento continuarei sendo eu mesma ao dormir e julgando arrisco-me a ser como a ti.
 
 
Danielle Faria.

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